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Bolsa foi opção mais atraente ao longo do ano
Para 2018 porém, a volatilidade dos mercados continua devido às incertezas da eleição presidencial, diz o administrador de investimentos Fabio Colombo
A despeito da crise política que se arrastou ao longo de 2017, o Ibovespa (índice que reúne as ações mais negociadas e de maior valor de mercado da bolsa) encerrou o último dia de pregão nesta quinta-feira (28/12) em alta de 6,16%.
O resultado positivo é reflexo do acumulado do ano, com o fechamento da bolsa em 26,86%, liderando o ranking elaborado pelo administrador de investimentos Fabio Colombo.
Assim como em 2015 e 2016, em 2017 a bolsa continuou com espaço para recuperação, apesar dos preços ainda muito defasados – fato que deve se repetir em 2018, segundo o especialista.
“Mas tudo dependerá da eleição de um presidente que mantenha o curso das reformas (como a trabalhista, aprovada nesse ano) e o ajuste fiscal”, afirma. “Os riscos estão na direção da eleição de um presidente populista, que afetaria negativamente bolsa, juros e câmbio.”
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A máxima histórica atingida pelas bolsas ao redor do mundo até ontem (27/12), como a dos Estados Unidos (19,7%), Alemanha (31,2%), Reino Unido (17,6%) e Japão (23,7%) também influenciou o recuo da moeda norte-americana frente à maioria das outras moedas.
Inclusive do real: nesse último dia útil do ano (28/12), o dólar comercial fechou em R$ 3,3144, uma baixa de 0,08% no dia. No acumulado do ano, porém, fechou em ligeira alta de 1,94% - o que coloca a divisa na lanterna do ranking de investimentos.
Esse desempenho não se repetiu com o euro, que encerra o ano no segundo lugar do ranking, com alta de 16,25%. “Com a Europa saindo da recessão, a moeda se valorizou frente ao dólar.”
Segundo Colombo, o câmbio deve continuar calmo em 2018, principalmente se o governo brasileiro tiver êxito nos ajustes da economia.
“Por outro lado, a alta dos juros nos Estados Unidos pode favorecer a desvalorização do real.”
E AS APLICAÇÕES DE RENDA FIXA?
As aplicações a juros tiveram ganho real muito melhor em 2017, segundo Colombo, e ficaram na faixa de 3% a 5% ao ano - descontados taxa de administração, imposto de renda e a inflação que com sua queda além do esperado, melhorou ainda mais esses ganhos.
Mesmo com a redução da taxa básica Selic para a mínima histórica de 7%, as aplicações de renda fixa continuam atrativas, já que a queda da inflação (estimativa de 2,79% para o IPCA) está mais acelerada que o recuo dos juros.
Com isso, os fundos de Renda Fixa foram os melhores em rendimento real líquido no ano (10,30% na média) – o que deve se repetir com os fundos DI (10,16%).
Para 2018, porém, a expectativa é que o rendimento real fique bem mais baixo, entre 0,0 e 2% ao ano, “em razão do corte de juros a ser efetuado pelo governo”, conclui o especialista.